A Dengue, também conhecida popularmente como
“Febre de quebra ossos”,
é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna
ou grave. Esse nível de gravidade depende de diversos fatores, tais como o
vírus e a cepa envolvidos, possível infecção anterior pelo vírus da dengue e
outros fatores individuais, como presença de doenças crônicas (diabetes, asma
brônquica, anemia falciforme etc.).
Dengue é uma doença antiga, com ocorrências
relatadas há mais de 200 anos. Já a febre hemorrágica da Dengue foi identificada pela primeira vez
na década de 1950. Em 1977 a Dengue foi identificada pela primeira vez nas
Américas, e na década de 1980 começaram a ser notificadas epidemias em vários
países. Entre 2002 e 2006 foram notificados 1.894.013 casos de dengue no
Brasil; Em 2005, as notificações representaram de 248.189 casos registrados e
em 2006 ocorreram 345.922 outros casos. Existe ocorrência de casos de dengue em
todas as regiões do país. Nos últimos 5 anos, jovens e adultos (entre
15 e 64 anos) são responsáveis por aproximadamente 79% do total de casos
notificados, seguida pelos menores de 15 anos que representam 17% dos casos.
TRANSMISSÃO
O
agente causador da Dengue é um “arbovírus” (vírus transmitido por artrópodes,
como os mosquitos), com quatro sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e
DENV4. A
transmissão ocorre por meio de da picada de fêmeas de mosquitos do gênero Aedes aegypti. Após se
municiar com sangue infectado, o mosquito pode transmitir o vírus depois de 8 a
12 dias de incubação. Não há transmissão por contato direto de um paciente
infectado ou de suas secreções com pessoa sadia, nem por intermédio de água ou
alimento. O tempo de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento
dos sintomas) varia de 3 a 15 dias.
A transmissão do ser humano para o
mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano
(período de “viremia”). Este período começa um dia antes do aparecimento da
febre e vai até o sexto dia da doença. No mosquito, após este “se contaminar”
com sangue infectado, o vírus vai se localizar nas glândulas salivares da fêmea
do mosquito, onde se multiplica depois de 8 a 12 dias de incubação. A partir
deste momento, o mosquito é capaz de transmitir a doença e assim permanece até
o final de sua vida (6 a 8 semanas).
DIAGNÓSTICO
·
Clínico (Sintomas principais): O doente pode
apresentar sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas
ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. A doença tem duração de 5 a 7
dias, podendo ser um período de grande debilidade física, e prolongar-se por
várias semanas. Caso
ocorra o aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz,
gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes, estes
sintomas podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica.
Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser
fatal. É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros
sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras
doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar
o grau de gravidade da doença.
·
Laboratorial (Exames): exames laboratoriais para o diagnóstico
da Dengue envolvem o isolamento do agente causador ou métodos sorológicos que
detectam a presença de anticorpos do tipo IgM (única amostra de soro) ou o
aumento dos títulos de anticorpos do tipo IgG (conversão sorológica; amostras
pareadas). Exames inespecíficos, tais como hematócrito e plaquetas, são os
mais importantes para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com
manifestações hemorrágicas e para pacientes em situações especiais (gestantes,
idosos, hipertensos, diabéticos, ou ainda indivíduos com asma brônquica, doença
hematológica ou renal crônicas, doença severa do sistema cardiovascular, doença
ácido-péptica ou doença autoimune).
TRATAMENTO
Na Dengue clássica o tratamento visa
atenuar os sintomas (analgésicos e antipiréticos) e pode ser feito fora de
ambientes hospitalares (na própria residência do paciente), com orientação para
retorno ao serviço de saúde após 48 a 72 horas do início dos sintomas.
Indica-se habitualmente hidratação oral com aumento da ingestão de água, sucos,
chás, soros caseiros etc. Não devem ser utilizados medicamentos
com derivados do ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, pois
podem aumentar o risco de hemorragias.
Na febre hemorrágica da dengue inicialmente
o quadro clínico é o mesmo da dengue clássica. Quando surgem os sinais da febre
hemorrágica da dengue, como dor abdominal intensa e desconforto respiratório, a
conduta frente ao paciente depende dos sinais clínicos e evolução da hemoconcentração.
PREVENÇÃO
A melhor forma de se evitar a dengue é
combater os focos de acúmulo de água, que são os locais ideais para a criação
do mosquito transmissor da doença.
A dengue é uma doença cujo período de maior transmissão ocorre no verão, em razão dos fatores climáticos favoráveis para a proliferação de seu vetor, o Aedes aegypti. Para quem vai viajar e deixar a casa fechada nesse período é importante não deixar nenhuma oportunidade para o vetor proliferar, por exemplo, removendo água dos vasos de planta, deixando a caixa d´água devidamente coberta, retirando a água de grandes reservatórios (como as piscinas) e removendo do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas, pneus).
A dengue é uma doença cujo período de maior transmissão ocorre no verão, em razão dos fatores climáticos favoráveis para a proliferação de seu vetor, o Aedes aegypti. Para quem vai viajar e deixar a casa fechada nesse período é importante não deixar nenhuma oportunidade para o vetor proliferar, por exemplo, removendo água dos vasos de planta, deixando a caixa d´água devidamente coberta, retirando a água de grandes reservatórios (como as piscinas) e removendo do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas, pneus).
Em
caso de viagens para áreas de risco da dengue, é importante hospedar-se em
locais que disponham de ar-condicionado ou telas de proteção nas portas e
janelas, além de mosquiteiros. Recomenda-se também a adoção de medidas de
proteção individual para reduzir o risco de infecção tais como: o uso de calças
compridas, meias e sapatos fechados. Durante a viagem é preciso estar atento ao
surgimento de alguns dos sintomas da doença. Caso ocorra, deve-se procurar
orientação médica.
Existem diversas vacinas para dengue em
desenvolvimento, mas nenhuma se encontra em fase de utilização populacional.
Por isso, medidas de prevenção quanto à proliferação do mosquito transmissor e
ações de proteção individual são essenciais para evitar novos casos de Dengue.
Referência: Sociedade Brasileira
de Infectologia, Jan/2015.
O Ghanem Laboratório disponibiliza todos
os exames laboratoriais habitualmente utilizados para apoiar o médico no
diagnóstico da Dengue. Estamos a sua disposição para informações sobre estes e
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