Anualmente,
3 milhões de mulheres dão à luz no Brasil. Estimativas de 2004 apontam
prevalência de sífilis em 1,6% das
mulheres no momento do parto, o que representa aproximadamente 49 mil
gestantes e 12 mil nascidos vivos com sífilis, considerando-se uma taxa de
transmissão de 25%, de acordo com estimativa da OMS.
A incidência de sífilis em
parturientes é quatro vezes maior que a da infecção pelo HIV. É considerada
infectada toda gestante que durante o pré-natal, no momento do parto ou
curetagem apresente evidência clínica de sífilis, com teste positivo ou não.
A Sífilis é
uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e que pode se
manifestar em três estágios/fases. Os maiores sintomas ocorrem nas duas
primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio
pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da
doença.
Todas as
pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente
as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar
aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da
gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). Quando
o resultado é positivo, deve-se tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Com a
realização do diagnóstico da sífilis e o tratamento adequado da gestante e do
parceiro durante o pré-natal, é possível eliminar a sífilis congênita, ou seja,
reduzir o agravo para até 0,5 caso por mil nascidos vivos.
Gestante, o acompanhamento
pré-natal é um direito, que garante entre outros: realizar seis consultas de
pré-natal no Posto de Saúde mais próximo de sua casa e o Cartão da Gestante, que contém todas as informações sobre
seu estado de saúde. Nessas consultas de acompanhamento, exames
laboratoriais devem ser solicitados para, entre outras avaliações, descartar ou
diagnosticar sífilis.
Siga as orientações médicas e faça todos os exames
laboratoriais previstos para o período de gestão. Usufrua desse direito para assegurar a sua saúde e de
seu bebê!
Referências:
Referências:
- www.aids.gov.br
- http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/maternidade/gestacao/conheca-alguns-direitos-da-mulher-gravida