O câncer
mais comum entre as mulheres de raça branca é o de mama, sendo responsável por
10% dos casos de câncer no mundo. Geralmente a primeira manifestação
clínica é um nódulo duro e indolor. A mulher pode perceber que tem um tumor ao
se tocar, observar retração do mamilo ou, mais raramente, secreção de sangue.
Muitas vezes o diagnóstico só é revelado na mamografia.
A detecção precoce é crucial no sucesso do
tratamento, daí a recomendação de realizar o auto-exame, pesquisas clínicas e
exames complementares. Mutações nos genes, BRCA1 eBRCA2, causam câncer de mama
e também podem causar tumores de ovário, câncer de próstata e de intestino
grosso. Entre as mulheres em geral, a chance de desenvolver uma mutação é
de uma para 500.
Entre as mulheres que possuem a
mutação, 56% têm chance de desenvolver o tumor antes dos 70 anos e 16% de
chance de desenvolver câncer de ovário. Entre esta população específica,
estima-se que as mutações respondam por 9% dos casos de câncer de mama e por
40% dos de ovário. A alta freqüência das mutações e o risco elevado dessas
mulheres desenvolverem a doença torna o exame de prevenção precoce do câncer de
mama indicado.
Em todo o mundo, anualmente, ocorrem cerca de
150 mil novos casos da doença. Destes, cerca de 10% aparecem em mulheres cujas
ancestrais tiveram câncer de mama ou de ovário. Nestas famílias, as chances de
os genes BRCA1 e BRCA2 sofrerem mutação estão entre 50% e 60%.
O exame de sangue dos genes BRCA1 e BRCA2 também
é aconselhado para mulheres que têm casos de câncer de mama e de ovário na
família e para pacientes jovens com caso isolado de câncer de mama. Se pretende fazer o teste, antes de realizá-lo converse com seu
médico.