quinta-feira, 21 de junho de 2012

::: Exame de sangue pode salvar vida de pacientes com câncer de mama :::



Um simples exame de sangue pode salvar vidas, ajudando médicos a diagnosticar rapidamente se uma paciente com câncer de mama em estágio inicial corre um risco de morte ou de reincidência depois do tratamento, informaram especialistas nesta quarta-feira.
As células tumorais em uma amostra de sangue, quando analisadas na etapa inicial da doença, permitem prognosticar acertadamente as probabilidades de sobrevivência da paciente, destacaram cientistas no jornal The Lancet Oncology.
Esta descoberta pode ajudar a identificar rapidamente as pacientes para as quais seria benéfico receber um tratamento adicional como a quimioterapia. "A presença de uma ou mais células tumorais em circulação (CTCs, no sangue) prognostica uma recidiva precoce e uma sobrevivência geral inferior", disseram os cientistas do Centro Médico Anderson para o Câncer da Universidade do Texas.
Quantas mais CTSs encontrarem, maior será o risco de morte. Em geral, não se costuma fazer exames de sangue de CTC para efetuar um prognóstico do paciente ou prescrever um tratamento, já que em geral se acredita que os tumores cancerosos se disseminem através do sistema linfático e não na corrente sanguínea. A equipe fez testes com 302 pacientes tratadas no centro entre fevereiro de 2005 e dezembro de 2010.
As pacientes estavam nas primeiras fases de câncer de mama - antes de se espalhar para outras partes do corpo - e não tinham recebido quimioterapia. A equipe encontrou CTSs em um quarto das pessoas. Das que tinham células tumorais no sangue, uma em cada sete teve uma recidiva depois do tratamento e uma em cada dez morreu neste período.
Ao contrário, as pacientes cujos exames não mostraram CTCs tiveram uma taxa de recidiva de 3% e uma taxa de óbitos de 2%. "Para as pacientes com concentração mais elevada de CTCs, a correlação entre a sobrevivência e as taxas de progressão foi ainda mais radical, com 31% das pacientes que morreram ou tiveram recidivas", informou um comunicado de imprensa que acompanhou o estudo.
O novo estudo diz poder mostrar que "não é necessária uma doença avançada para que as células cancerosas se disseminem (pelo sangue) e comprometam a sobrevivência".


segunda-feira, 18 de junho de 2012

::: Dosagem de CREATININA, informações e novidades :::


A Creatinina e a uréia são duas substâncias presentes no sangue que costumam ser dosadas quando se pretende fazer uma avaliação da função dos rins. Agora ... vamos explicar o porquê dos médicos solicitarem estas análises.

Atenção: não confundir creatinina com creatina. São nomes parecidos, mas as substâncias são diferentes.

O que é creatinina?

Nossos músculos precisam de energia para exercer suas funções. O "combustível" que gera esta energia é uma proteína chamada creatina fosfato, produzida a partir das proteínas da nossa alimentação. A creatina fosfato é sintetizada no fígado e posteriormente armazenada nos músculos.

A nossa musculatura está permanentemente em atividade, mesmo quando estamos em repouso. Isto significa que estamos o tempo inteiro consumindo creatina fosfato. A creatinina é uma espécie de lixo metabólico resultante deste consumo constante. Após a sua geração, a creatinina é lançada na corrente sanguínea, sendo eliminada do corpo pelos rins.

Diariamente, cerca de 2% de toda creatina fosfato armazenada em nosso corpo é convertida em creatinina pelo metabolismo dos músculos. É essa creatinina resultante que dosamos nas análises de sangue.

Mas por que a creatinina serve para avaliar a função dos rins?

A creatinina é uma substância inócua no sangue, sendo produzida e eliminada de forma constante pelo organismo. Se o paciente mantém sua massa muscular mais ou menos estável, mas apresenta um aumento dos níveis de creatinina sanguínea, isso é um forte sinal de que o seu processo de eliminação do corpo está comprometido, ou seja, os rins estão com algum problema para excretá-la.

Se os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina produzida diariamente pelos músculos, eles provavelmente também estarão tendo problemas para eliminar diversas outras substâncias do nosso metabolismo, incluindo toxinas. Portanto, um aumento da concentração de creatinina no sangue é um sinal de insuficiência renal. 





Qual a importância da dosagem da creatinina?

Estima-se que em todo o mundo existam milhões de pessoas com algum grau de disfunção dos rins; 70% destes nem sequer desconfiam que possam estar doentes. O método mais eficiente de se diagnosticar precocemente as doenças do rim é através da dosagem da creatinina.

Inúmeras doenças podem levar à doença renal crônica, mas seis delas correspondem a grande parte dos casos:

- Hipertensão (leia: HIPERTENSÃO ARTERIAL | Sintomas e tratamento)
- Diabetes (leia: DIABETES MELLITUS | Diagnóstico e sintomas)
- Rins policísticos (leia: RINS POLICÍSTICOS | Doença policística renal)
- Glomerulonefrites (leia: GLOMERULONEFRITE | O que é, sintomas e tratamento.)
- Infecções urinárias de repetição (leia: PIELONEFRITE | INFECÇÃO URINÁRIA | Sintomas e tratamento)
- Cálculos renais de repetição (leia: CÁLCULO RENAL | PEDRA NOS RINS | Sintomas da cólica renal)

É muito comum os médicos ouvirem a seguinte frase:
- Ah, doutor, meus rins estão ótimos, eu urino muito bem e eles não doem.

Isto é um grande equívoco! A insuficiência renal crônica não costuma causar sintomas até fases bem avançadas da doença. O fato de não sentir dor nos rins não significa nada. Em geral, o rim só provoca dor quando há cálculo renal ou infecção. Todas as outras doenças renais não costumam cursar com dor.

Existe também o mito de que urinar bem é um sinal de saúde renal. Na verdade, o controle da água corporal é apenas uma das atribuições dos rins. Inicialmente, o rim torna-se incapaz de filtrar as toxinas, mas consegue eliminar água sem maiores problemas. A redução do volume da urina é um sinal muito tardio, que muitas vezes só ocorre depois que a insuficiência renal está muito grave e o paciente já precisa entrar em programa de hemodiálise.

Portanto, o fato de urinar bons volumes e a ausência de dor nos rins não é garantia de saúde dos mesmos.

A dosagem da creatinina é importante para se detectar a insuficiência renal em fases precoces, evitando, assim, as complicações da doença. Os rins, além do controle da água corporal, também agem no(a) :

- Excreção de substâncias sanguíneas, como remédios ou toxinas.
- Níveis sanguíneos de eletrólitos, como potássio, sódio, magnésio, cálcio e fósforo.
- Produção de hormônios que controlam os glóbulos vermelhos (hemácias).
- Controle da massa dos ossos.
- Controle da função da coagulação do sangue.
- Controle do pH do sangue.
- Controle da pressão arterial.

A insuficiência renal crônica é uma doença que costuma progredir lentamente e de forma silenciosa ao longo de anos, fazendo com que todas as funções acima estejam comprometidas. Não diagnosticar a doença renal precocemente significa não agir em tempo hábil sobre esses problemas.

Para saber mais detalhes sobre a insuficiência renal crônica, leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA | Sintomas e tratamento.

Então, como eu faço para saber se meus rins estão a funcionar de modo correto?

A ureia, também produzida no fígado após metabolização das proteínas da alimentação, é um outro marcador de função renal muito utilizado. Em geral, para avaliação dos rins, solicita-se a ureia e a creatinina conjuntamente. Todavia, a creatinina é um melhor marcador, já que a ureia pode vir alterada em casos de desidratação, uso de diuréticos, sangramento digestivo, alimentação rica em proteínas, doença do fígado etc...

O raciocínio é simples: as duas substâncias (ureia e creatinina) são produzidas constantemente pelo organismo e são eliminadas pelos rins. Deste modo, a sua concentração mantém-se sempre estável. Se os rins passam a não funcionar bem, elas começam a acumular no sangue. Portanto, quanto pior for a função renal, mais elevados serão os valores de ureia e creatinina.

Além das dosagens de creatinina e da ureia, o médico também pode solicitar um exame simples de urina, chamado de EAS ou urina tipo 1.

Quais são os valores normais de creatinina?

Os níveis normais da creatinina variam entre 0,6 a 1,3 mg/dl. Porém, esses valores não são absolutos e devem ser interpretados pelo seu médico. Como a cretinina é produzida pelos músculos, pessoas musculosas apresentam taxas basais maiores. Um jovem esportista pode apresentar até 1,4 mg/dl de creatinina sem ter doença renal, enquanto que uma senhora idosa e magra, com 1,2 mg/dl, pode ter rins doentes. Portanto, não se interpreta a creatinina como um valor absoluto. Deve-se levar em conta sexo, idade e peso do paciente.

Por meio do resultado da creatinina seu médico pode calcular a taxa de filtração renal (também chamada de clearance de creatinina), que é basicamente o volume de sangue filtrado pelo rim a cada minuto. Rins normais filtram até 180 litros de sangue por dia (aproximadamente 120 ml/min). Valores abaixo de 60 ml/min são indicativos de insuficiência renal crônica.

Mais informações, favor consulte o/a seu/sua médico/a.
Ghanem Laboratório Clínico sempre atento à sua saúde!

Leia o texto original no site MD.Saúde: CREATININA e UREIAhttp://www.mdsaude.com/2008/09/voc-sabe-o-que-creatinina.html#ixzz1xcQ8cvy1