segunda-feira, 21 de maio de 2012

::: PRÉ NATAL ::: EXAMES QUE PREVINEM :::


O resultado positivo de um exame que confirma a gravidez marca um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. Ele anuncia novas responsabilidades, uma grande mudança na rotina e também emoções intensas que durarão por toda a sua vida. Mas esse é apenas o primeiro de dezenas de exames que a grávida precisará realizar durante os nove meses que se seguem. O acompanhamento pré-natal é obrigatório e inclui procedimentos que investigam a existência de problemas que, quanto mais cedo forem identificados, mais facilmente poderão ser solucionados.
Por isso, conheça os exames mais solicitados durante cada período da gravidez, entenda como são realizados, quais seus objetivos e fique tranquila: fazê-los é a primeira – e muito importante – demonstração de cuidado e afeto pelo bebê que está por vir.


Primeiro trimestre
Tipagem sanguínea

Inclui, além do tipo sanguíneo – A, B, AB ou O –, o fator Rh, negativo ou positivo. Esse exame é importante porque, caso a mãe seja Rh negativo e o pai Rh positivo, o bebê poderá herdar o fator do pai e, portanto, ter o sangue incompatível com o da mãe. Se isso ocorrer na primeira gestação, não há riscos para o bebê. No entanto, o organismo materno passa a produzir anticorpos que reconhecem o fator Rh como estranho. Nas próximas gestações, se o bebê for Rh positivo, os anticorpos poderão reagir com o seu sangue, causando anemia e uma série de complicações. Com o diagnóstico, é possível prevenir a situação com a administração de uma espécie de vacina, denominada imunoglobulina anti-Rh. O exame é feito com a coleta de sangue da mãe e não há necessidade de preparo.
Sorologias para citomegalovírus, rubéola e toxoplasmose

É importante descobrir no começo da gravidez se a mulher já teve alguma dessas infecções – se já teve, está imune. Todas podem prejudicar o bebê se contraídas durante a gestação. Se a grávida nunca teve essas infecções, precisa saber como evitálas. Se não teve rubéola, mas já foi vacinada, não precisa se preocupar. “Quando não foi, é importante lembrar que não pode receber a vacina nesse momento”, alerta a infectologista Carolina Lázari.
Sorologia para sífilis

Realizada em amostra de sangue, detecta a presença de sífilis. Mesmo quando a gestante não tem sintomas, a infecção pode ser transmitida para o bebê e prejudicar seu desenvolvimento ou se manifestar na criança após o nascimento. Quando o resultado é positivo, a mãe é tratada, o bebê é acompanhado e, se necessário, também recebe antibióticos.
Sorologias para vírus da Hepatite B e HIV

Demonstram a presença desses vírus e permitem a adoção de medidas para evitar a transmissão ao bebê. “A transmissão intrauterina de hepatite B é rara”, diz Carolina Lázari. “Mas é frequente que ocorra durante o parto. Por isso, o recém-nascido deve receber a vacina e a imunoglobulina contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida”. Sem intervenção médica, a chance de transmissão da infecção pode chegar a que 90%, dependendo da atividade da doença na mãe. Com as medidas administradas para o bebê, esse número cai para próximo de zero. A grávida portadora de HIV é tratada com antirretrovirais durante a gestação e o parto, e o bebê recebe AZT nas seis primeiras semanas de vida. Sem o medicamento, a taxa de transmissão é de até 25%. Com os medicamentos, fica entre 0% e 2%.
Teste de tolerância à glicose

Diagnostica precocemente o diabetes gestacional, que pode prejudicar o desenvolvimento do bebê e a saúde da gestante. O primeiro teste é feito por meio da coleta de uma amostra de sangue para a dosagem de glicose uma hora após a ingestão de uma solução com 50g de glicose. Não é necessário jejum. Se o resultado for negativo, o procedimento é repetido entre a 24a e a 28a semana. Se for positivo, será solicitada uma curva glicêmica, isto é, dosagens seriadas de glicose em jejum e, a seguir, com uma, duas, e três horas após a ingestão de 100 g de glicose.
Tiroide

TSH, T3, T4 e T4 livre verificam o funcionamento da tiroide e permitem ao médico estabelecer tratamento ou adequar a dose do medicamento para mulheres que já fazem uso. O hiper e o hipotiroidismo prejudicam a gestação e o feto quando não controlados. O exame é feito pela coleta de sangue.
Urina 1 e Urocultura

Investigam infecções urinárias que, mesmo sem sintomas, aumentam o risco de parto prematuro e infecções neonatais. Nos casos de resultados positivos, o tratamento é feito com antibióticos. Os exames são feitos pela coleta de urina uma vez por trimestre, ou quando houver suspeita de infecção.
Parasitológico de fezes

Detecta protozoários e verminoses que causam anemia e devem ser tratados com medicamentos que não oferecem risco à gravidez.
Segundo trimestre
Fibronectina fetal

Solicitado a partir da 22a semana, também serve para avaliar o risco de parto prematuro. No procedimento, é colhida uma amostra da secreção vaginal, em que é pesquisada a fibronectina, uma proteína de origem fetal que, quando presente na secreção vaginal entre a 22a e a 36a semana gestacional, indica risco de parto prematuro, principalmente nas duas semanas que se seguem.
Terceiro trimestre
Cultura para estreptococo do grupo B

O estreptococo do grupo B é uma bactéria que pode fazer parte da flora vaginal e intestinal. Quando presente em gestantes, pode ser transmitida ao recémnascido durante o parto, resultando em doenças como pneumonia, meningite e infecção da corrente sanguínea. Para prevenir essas complicações, o exame é feito por volta da 35a semana gestacional. São coletadas amostras da vagina e da região anal da grávida, com o uso de uma pequena haste. O resultado é liberado em até três dias úteis e, se positivo, motiva a prescrição de antibióticos para a mãe, a fim de eliminar a bactéria antes do parto e evitar as infecções no bebê.



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