Por Diego da Silva*
Quando falamos em orçamento familiar, logo somos remetidos a
uma estrutura complexa de planilhas e contas que acreditamos ser a solução para
os desafios financeiros que se apresentam em nossa vida. Eis aí uma meia
verdade, não trata-se necessariamente de planilhas de difícil elaboração, tão
pouco seja a solução de todos nossos problemas financeiro, mas com certeza é a
melhor ferramenta para que possamos identificar os “ralos” de nossa gestão
financeira.
A melhor analogia que podemos fazer do orçamento familiar é a
boa e velha lista de compras de supermercado, onde descriminamos o que e quanto
devemos comprar para a manutenção de um período.
Assim deve ser o orçamento
familiar, é o controle efetivo das receitas e despesas com o objetivo de
disciplinar os gastos de uma família. Em uma planilha, ou até mesmo em um
caderno, devemos anotar todo e qualquer gasto e rendimento que possuímos em um
mês, desde o dinheiro para o lanche das crianças até a parcela de um
financiamento por exemplo.
No primeiro mês, apenas registre todos os seus gasto. Com
isto, você poderá identificar para onde está indo sua renda e servirá para a
projeção de gastos dos mês seguinte, projeção esta que já deve compreender a
redução de despesas que estão prejudicando a saúde financeira da família. Esta é
uma atividade, que embora simples, é bastante eficaz quando há a disciplina em
de fato registrar todos os gastos ocorridos.
Mas isto pode não ser o suficiente, se você já se encontra em
situação deficitária, ou seja, no vermelho.
Diante disto, seguem breve dicas para a reorganização
financeira:
Gaste MENOS do que você ganha – Não existe mágica, é
matemática pura.
Tenha o hábito de criar reservas – Você dificilmente consegue
prever doenças, demissões ou outras situações adversas em sua
família.
Procure sempre pagar à vista – E não esquece de sempre
barganhar por um bom desconto.
Controle muito bem seu cartão de crédito – Pague sempre o
valor integral de sua fatura, os juros do Cartão de Crédito são os mais altos do
nosso país.
Sempre negocie tarifas bancárias – Ligando para seu banco e
operadora de cartão de crédito, você consegue bons descontos e até isenção de
tarifas e anuidades.
Procure ter só uma conta bancária – Dessa maneira você
diminui o número de tarifas pagas para a manutenção de conta
corrente.
O limite especial (cheque especial) pode ser usado apenas
para contratempos de no máximo 2 ou 3 dias.
Não se impressione com promoções – Compre somente se estiver
precisando do bem/serviço.
Quando não puder gastar deixe em casa dinheiro, cheques,
cartões e comprovantes de renda e residência, pois mesmo sem dinheiro, você consegue
facilmente comprar via carnê de pagamentos. Isto é prejudicial a sua saúde
financeira.
Aproveite promoções, gratificações e 13° para equilibrar seu
orçamento – Não saia gastando, quite suas dívidas e aproveite para iniciar uma
reserva financeira.
Agora, com as contas em dia e orçamento equilibrado. Crie
metas para realizar seus sonhos, poupando e tendo uma vida financeira mais
saudável.
* Diego da Silva é coordenador de Controladoria do Grupo Ghanem.
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