segunda-feira, 22 de agosto de 2011

::: Linfoma sem mitos: sintomas e diagnóstico :::


Ghanem Laboratório Clínico
Paixão por Saúde


O linfoma é um tipo de câncer que se origina dos linfócitos, células essenciais para a ação do sistema imunológico. Os linfócitos transitam por todo corpo, mas, para alcançarem plenamente suas funções, passam por algumas etapas de diferenciação que acontecem nos órgãos linfoides. E os principais representantes desses órgãos são os linfonodos – gânglios linfáticos ou ínguas, como são comumente conhecidos quando estão aumentados. Outros exemplos de órgãos linfoides além dos linfonodos são o baço (localizado na parte superior esquerda do abdome) e as amígdalas palatinas.

O termo linfoma refere-se a um grande grupo de neoplasias (mais de cinquenta subtipos, segundo a última classificação da Organização Mundial de Saúde, lançada em 2008) que causam manifestações clínicas e laboratoriais muito diversificadas. Enquanto alguns tipos evoluem de forma rápida – e, por isso, causam muitos sintomas e requerem tratamento imediato –, outros evoluem mais lentamente e o indivíduo pode permanecer sem qualquer queixa durante meses ou anos.

“Na grande maioria dos casos, o linfoma é fruto de alterações genéticas específicas nas células do sistema imune. A participação de fatores externos, como infecções virais crônicas, por exemplo, também pode contribuir para o aparecimento do linfoma em alguns casos”, explica Edgar Gil Rizzatti, coordenador do Grupo de Hematologia do Fleury Medicina e Saúde.

Sintomas

As principais manifestações clínicas são decorrentes da multiplicação descontrolada dos linfócitos que causam a doença. Na maioria dos casos, surgem linfonodos aumentados, principalmente no pescoço, mas também nas regiões axilares e inguinais, e pode ocorrer febre, sudorese profusa (principalmente durante a noite) e perda de peso. Uma vez notados os sintomas, quanto antes for solicitada a atenção do médico, melhores serão as perspectivas de controle da situação e, muitas vezes, de cura da doença.

“O linfoma não é mais uma doença tão estigmatizante, graças aos tratamentos existentes e à possibilidade de cura. A desmistificação do diagnóstico e o maior acesso às informações permitem participação mais ativa dos pacientes nas decisões clínicas e nas estratégias de tratamento”, esclarece Rizzatti.

Diagnóstico

O diagnóstico de linfoma é composto por exames de diferentes modalidades e requer uma abordagem multidisciplinar. Inclui desde a retirada cirúrgica de um linfonodo aumentado para sua visualização detalhada ao microscópio, passando por exames de sangue e medula óssea, até diferentes exames de imagem, tudo para caracterizar precisamente tanto o subtipo específico de linfoma, como a sua extensão e a sua repercussão no organismo.

Segundo Rizzatti , “um dos aspectos mais relevantes na evolução do conhecimento em Hematologia é relacionado ao diagnóstico dos linfomas. Por meio do uso de métodos de imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular disponíveis atualmente, é possível obter diagnósticos cada vez mais precisos dos vários subtipos da doença. E isso é muito importante, pois a decisão sobre qual forma de tratamento empregar é dependente do diagnóstico. Em outras palavras, o diagnóstico correto é fundamental para direcionar a estratégia de tratamento mais eficaz”.

Todos os aspectos, portanto, são fundamentais para se alcançar um diagnóstico preciso de linfoma: desde as características genéticas do linfócito que origina a doença até imagens corporais obtidas com recursos igualmente sofisticados. Essas considerações, no entanto, não substituem o olhar atento do profissional que irá reconhecer junto com o paciente todas as dimensões desse desafio.

Fonte: Edgar Gil Rizzatti, coordenador do Grupo de Hematologia do Fleury Medicina e Saúde

 
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