quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Novo gel pode acelerar a cicatrização de úlceras nas pernas


Laboratório Ghanem de Análises Clínicas


Durante três anos, a agente imobiliária de Tulsa, em Oklahoma (EUA), Connie McPherson sofreu de úlceras de perna que eram tão dolorosas que, às vezes, não conseguia dormir. Apesar de várias cirurgias, antibióticos, esteroides e outros tratamentos, nada resolveu.

Então, no ano passado ela participou de um teste do novo gel destinado ao tratamento de feridas crônicas. "Foi a resposta às minhas orações", disse Connie, de 58 anos. Em poucas semanas, segundo ela, as úlceras foram curadas por completo. "Eu tinha tentado de tudo e isso foi a única coisa que funcionou."

O gel usado para atender a americana foi desenvolvido por uma equipe liderada por David Becker, professor de biologia celular e de desenvolvimento da Universidade College de Londres. O gel, chamado de Nexagon, funciona ao interromper a maneira com que as células se comunicam e evita a produção de uma proteína que bloqueia a cura. Isso permite que as células se movam mais rapidamente em direção à ferida para começar a tratá-la.

Embora o gel só tenha sido testado até agora em cerca de 100 pessoas, os especialistas dizem que, se for bem sucedido, o gel desempenharia um papel importante no tratamento de feridas crônicas, como úlceras nas pernas ou diabete, além de lesões comuns ou causadas por acidentes.

Na maioria das feridas crônicas, segundo Becker, há uma quantidade anormal de proteínas ligadas à inflamação. Para reduzir essa quantidade, ele e seus colegas produziram o Nexagon a partir de partes de DNA que podem bloquear a produção dessa proteína. "Como ela é desativada, as células se movem para fechar a ferida", disse. O gel é ligeiramente amarelado e tem a consistência de uma pasta de dentes.

Em um estudo inicial sobre úlceras nas pernas, os cientistas da empresa que Becker ajudou a fundar para desenvolver o gel descobriram que, após quatro semanas, o número de pacientes com úlceras que foram completamente curados foi 5 vezes maior entre os que receberam o gel.

A úlcera na perna leva em média 6 meses para cicatrizar, e 60% dos pacientes voltam a sofrer com o problema. Outros especialistas disseram que o gel parece promissor. "Parece que ele tem um efeito positivo na restauração da camada externa da pele", afirmou Phil Stephens, chefe de engenharia e reparação de tecidos da Universidade de Cardiff, no País de Gales. Stephens não participou da pesquisa de Becker.

No entanto, Stephens disse que é crucial que o gel não interfira muito no processo de inflamação. "É preciso que as células inflamatórias cheguem ali e limpem a ferida'', disse.

Brad Duft, presidente da companhia farmacêutica Coda Therapeutics, que desenvolve o produto, afirmou que ainda deve levar alguns anos até que o novo gel chegue ao mercado e, quando isso acontecer, o preço do produto cairá significativamente. Alguns pacientes com úlcera nas pernas gastam cerca de US$ 30 mil por ano ou mais em tratamentos. Duft disse que o custo de um novo gel seria uma fração desse valor.

Postado por: Luiz Paulo de Lemos Wiese

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

::: Novidades - IP - Instituto de Pesquisas, Informativo "TUBO DE ENSAIO" :::




"O IP realiza mais que análises ,
auxilia no desenvolvimento
de um mundo melhor"



Postado por Jefferson Arthur Scaini Cancelier


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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Biochip no Diagnóstico de HIV - Pesquisa promissora




Laboratório Ghanem de Análises Clínicas






Biochip faz diagnóstico do HIV em segundos

O pequeno chip microfluídico testa seis parâmetros simultaneamente e dá o resultado, muito mais confiável, de seis a doze vezes mais rápido do que as técnicas tradicionais de detecção do HIV

Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram um biochip capaz diagnosticar a presença do HIV em uma amostra de sangue.

O pequeno chip microfluídico testa seis parâmetros simultaneamente e dá o resultado, muito mais confiável, de seis a doze vezes mais rápido do que as técnicas tradicionais. E tudo com base numa pequena gota de sangue do paciente.

Citometria de fluxo

O biochip, construído pela equipe do engenheiro biomédico Alexander Revzin, usa anticorpos para "capturar" glóbulos brancos chamados linfócitos T, que são afetados pelo HIV.

Além de contar fisicamente o número dessas células, o teste detecta os tipos e os níveis das proteínas inflamatórias (citocinas) liberadas pelas células.

O biochip é constituído por um microarray de anticorpos operando em conjunto com um dispositivo de imagem holográfica, que não usa lentes, levando apenas alguns segundos para contar o número de células capturadas e a quantidade de moléculas de citocinas secretadas.

Ainda em fase de protótipo, o biochip tem potencial para ser amplamente utilizado na análise multiparamétrica de amostras de sangue, o que poderá ser realizado no próprio ponto de atendimento, como postos de saúde, prontos-socorros e mesmo em locais remotos, dotados de poucos recursos médicos e sem acesso a laboratórios de análises clínicas.

"Além de testes para diagnóstico e acompanhamento do HIV, este aparelho será útil para as transfusões de sangue, onde a qualidade do sangue utilizado é sempre uma questão importante," diz Revzin.

Células T e citocinas

A forma mais precisa e eficaz para diagnosticar e monitorar a infecção pelo HIV usa a contagem de dois tipos de células T e o cálculo da relação entre os dois tipos, além da medição das citocinas.

Isto é feito usando um método chamado citometria de fluxo, que exige um equipamento caro e operado por técnicos altamente treinados, inviabilizando seu uso em áreas remotas e sem muitos recursos.

O biochip dá conta dos dois principais desafios da análise de uma amostra de sangue em busca da detecção do HIV: 1) capturar o tipo de célula desejada do sangue, que contém vários tipos de células, e 2) conectar o tipo desejado da célula sanguínea com as citocinas secretadas.

O teste é feito por uma película de polímero na qual é impressa uma matriz de minúsculos "pontos". Cada ponto contém anticorpos específicos para os dois tipos de células T (CD4 e CD8) e três tipos de citocinas. Quando o sangue flui através dos pontos de anticorpos, as células T ficam presas nos pontos respectivos.

Cada tipo de célula T é capturado próximo aos pontos dos anticorpos específicos para as citocinas que podem produzir. Quando os anticorpos ativam as células, os pontos adjacentes às células capturam as citocinas secretadas por elas. Isto conecta um subconjunto específico de células T com suas citocinas.

Imagem holográfica

O sistema de imageamento holográfico permite que os cientistas identifiquem e contem rapidamente as células T sem o uso de quaisquer lentes ou sistemas de varredura mecânica, simplificando o projeto e permitindo sua miniaturização na forma de um chip.

A análise dos números de células T CD4 e CD8, a relação CD4/CD8 e três citocinas secretadas leva apenas alguns segundos, permitindo a realização de um teste de HIV com uma velocidade sem precedentes.

No futuro, o Prof. Revzin pretende acrescentar ao biochip microarrays capazes de detectar proteínas do HIV e vírus da hepatite C.

Fonte: Inovação Tecnológica -
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas




Postado por: Luiz Paulo de Lemos Wiese




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